ACIPEN e CDL PENHA

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Projeção de redução

Setores econômicos de SC apontam suas expectativas para 2011. Novo porto e empreendimentos imobiliários são novidades para este ano
por Portal Economia SC



O ano de 2011 mal começou e os setores da economia já projetam o que ele trará para o Estado. De um modo geral, os empresários catarinenses apostam que a economia local seguirá a tendência global de uma redução no ritmo do crescimento. "Apostaria em um ano ‘pior' em relação a 2010. Não será ruim, porém o comércio deverá crescer a índices menores", afirma o presidente da Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas, Sérgio Medeiros.
Para o empresário, 2010 servirá como uma forte base de comparação. "O varejo do Estado teve um ano extremamente positivo, crescendo na casa dos dois dígitos. Claro que as esperanças são sempre boas, mas será muito difícil que isso se repita em 2011", conta.
A expectativa do setor varejista é acompanhada por outras importantes partes da economia catarinense. Empregando mais de 160 mil pessoas, o setor têxtil, que enfrentou problemas com a exportação em 2010, acredita que a euforia está um pouco menor em relação a 2010. " A confiança está em alta devido ao bom resultado geral de 2010. As férias coletivas no mesmo patamar do ano anterior são um indicativo dessa confiança", explica Ulrich Kühn, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex).
Carnes
Responsável por boa parte das exportações do Estado, o setor agropecuário prevê uma reação ainda maior da economia para este ano. "Haverá um crescimento no consumo e nós buscaremos a entrada em novos mercados", conta Ricardo Gouvêa, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne).
Para ele, três gargalos travam uma maior expansão do setor. "O câmbio desfavorável, a política de grãos e as condições ruins de infraestrutura são nossos maiores impeditivos. Todo o esforço para manter a qualidade do nosso produto acaba se perdendo devido a esses problemas", lamenta Gouvêa.
A preocupação quanto à política macroeconômica é dividida com outros dirigentes. Sérgio Medeiros, da FCDL, acredita que o novo governo deva reduzir seus gastos, como prometido, para aumentar os investimentos em infraestrutura. "Essa é uma condição essencial para que o País cresça não apenas no curto prazo, mas que este seja um processo contínuo", afirma.
Novidades
Março de 2011 deve marcar o início das atividades do Porto Itapoá, no Norte do Estado. Inaugurado já em dezembro, o quinto terminal portuário de Santa Catarina deve receber entre 20 e 30 navios nos primeiros meses de operação. No total, mais de 120 mil contêineres devem ser transportados apenas no primeiro ano de utilização.
Outro porto que deverá ampliar sua capacidade operacional para o ano de 2011 é o de Navegantes. Segundo o diretor-superintendente da Portonave, Carlos Castilho, o aumento do calado deve fazer com que cresça o número de contêineres por navio, o que gera um ganho quantitativo.
O setor imobiliário também deve atrair novos investimentos para o Estado neste ano. Em Florianópolis, o condomínio Neoville, com investimento de R$ 100 milhões, será lançado na parte continental da cidade, no bairro do Abrãao. O empreendimento segue a linha do condomínio de luxo Sinphonia Woa Beiramar, no bairro da Agronômica, inaugurado no final de dezembro.

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