ACIPEN e CDL PENHA

ACIPEN e CDL PENHA

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Distante das vendas

Temporada de verão traz prejuízos aos lojistas do interior. Cidades mais afastadas do litoral têm as maiores quedas nas vendas
por Leonardo Gorges - Portal Economia SC
 
 
A temporada de verão costuma ser uma época de vendas em alta para os lojistas do litoral de Santa Catarina. Com muitos turistas circulando, o volume de negócios cresce de forma exponencial. Porém, no interior do Estado, esse panorama se inverte. Cidades-pólo, mas que não se encontram ao lado das praias, veem o faturamento cair nessa época do ano. O Portal EconomiaSC ouviu os representantes lojistas de cinco das principais cidades do Estado para saber a situação de cada um destes municípios.
Chapecó
Localizada a 560 quilômetros da capital, Chapecó é a cidade-pólo do Estado mais distante do litoral. E isso se reflete diretamente nas vendas do comércio. De acordo com o presidente da CDL local, Gilberto Badaloti, as vendas costumam cair até 40% no mês de janeiro.
"Muita gente entra de férias e acaba indo para as praias e gastando no comércio dessas localidades", afirma. Para este ano, porém, ele espera que a situação não seja tão grave quanto em anos anteriores. A chegada de grandes lojas de departamento na cidade e as liquidações devem movimentar o varejo da região. "A queda neste mês deve ser um pouco menor com estas novidades, talvez na faixa dos 20%", conta Badaloti.
Lages
Mais importante município da Serra Catarinense, Lages também vê seu comércio ser bastante afetado com a chegada da temporada de verão. Segundo os dados da CDL local, a média é de um decréscimo de 15% em janeiro na comparação com os demais meses do ano. Porém, assim como em Chapecó, a situação já foi pior.
"A diversificação da economia fez com que, atualmente, esse prejuízo à economia da cidade seja um pouco menor. Até uns seis ou sete anos atrás, a queda em janeiro era brutal", conta o diretor-executivo da CDL, Jhonathan da Silva. Mesmo com a melhora, Silva afirma que janeiro continua a ser o pior mês em vendas no município. "Esse panorama é o mesmo em toda a região Serrana".
Blumenau
Pólo têxtil e do comércio do Vale do Itajaí, a cidade de Blumenau também enfrenta uma queda nas vendas no mês de janeiro. Para amenizar o quadro - as quedas variam entre 10% e 15% - entidades empresariais do município organizam promoções e festas para tentar atrair o consumidor durante este período. Uma das atividades é o Liquida Blumenau, que oferece descontos e facilidades para o consumidor e já é realizado há cinco anos.
"A cidade precisa se organizar para chamar o turista até Blumenau, já que não estamos ao lado da costa", diz Paulo Cesar Lopes, presidente da CDL. Outro atrativo para aumentar o movimento da cidade é a Summer Fest, organizada pela Prefeitura da cidade e que vai até 14 de fevereiro.
Criciúma
Distante apenas 30 quilômetros da praia mais próxima, a cidade de Criciúma também é impactada pela queda nas vendas do comércio. No entanto, a proximidade dos turistas faz com que a situação seja menos grave para o varejo local. "Em relação aos outros meses, janeiro acaba sendo ruim para o varejo, mas a situação não chega a ser preocupante", afirma Henrique Vargas, diretor de SPC da CDL de Criciúma.
Segundo Vargas, os lojistas da cidade já se acostumaram com essa condição. E a proximidade do litoral também ajuda a minimizar as perdas. "Criciúma acaba atraindo o turista de verão que passa pelo Sul do Estado e vai se tornando um polo do turismo de compras", diz.
Joinville
O mesmo panorama visto em Criciúma se repete na maior cidade do Estado. Segundo Carlos Grendene, presidente da CDL de Joinville, o varejo do município também perde durante o mês de janeiro. Mas os lojistas vêm encontrando alternativas para minimizar essa redução no faturamento. "Por estarmos próximos da BR-101 e termos hotéis em promoção, muitos turistas acabam entrando em Joinville e movimentando a economia da cidade", diz.
Assim como nos outros municípios, Grendene conta que o quadro era pior até pouco tempo atrás. "Até o início da década passada, a vontade que se tinha era de fechar as lojas durante o mês de janeiro

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Projeção de redução

Setores econômicos de SC apontam suas expectativas para 2011. Novo porto e empreendimentos imobiliários são novidades para este ano
por Portal Economia SC



O ano de 2011 mal começou e os setores da economia já projetam o que ele trará para o Estado. De um modo geral, os empresários catarinenses apostam que a economia local seguirá a tendência global de uma redução no ritmo do crescimento. "Apostaria em um ano ‘pior' em relação a 2010. Não será ruim, porém o comércio deverá crescer a índices menores", afirma o presidente da Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas, Sérgio Medeiros.
Para o empresário, 2010 servirá como uma forte base de comparação. "O varejo do Estado teve um ano extremamente positivo, crescendo na casa dos dois dígitos. Claro que as esperanças são sempre boas, mas será muito difícil que isso se repita em 2011", conta.
A expectativa do setor varejista é acompanhada por outras importantes partes da economia catarinense. Empregando mais de 160 mil pessoas, o setor têxtil, que enfrentou problemas com a exportação em 2010, acredita que a euforia está um pouco menor em relação a 2010. " A confiança está em alta devido ao bom resultado geral de 2010. As férias coletivas no mesmo patamar do ano anterior são um indicativo dessa confiança", explica Ulrich Kühn, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex).
Carnes
Responsável por boa parte das exportações do Estado, o setor agropecuário prevê uma reação ainda maior da economia para este ano. "Haverá um crescimento no consumo e nós buscaremos a entrada em novos mercados", conta Ricardo Gouvêa, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne).
Para ele, três gargalos travam uma maior expansão do setor. "O câmbio desfavorável, a política de grãos e as condições ruins de infraestrutura são nossos maiores impeditivos. Todo o esforço para manter a qualidade do nosso produto acaba se perdendo devido a esses problemas", lamenta Gouvêa.
A preocupação quanto à política macroeconômica é dividida com outros dirigentes. Sérgio Medeiros, da FCDL, acredita que o novo governo deva reduzir seus gastos, como prometido, para aumentar os investimentos em infraestrutura. "Essa é uma condição essencial para que o País cresça não apenas no curto prazo, mas que este seja um processo contínuo", afirma.
Novidades
Março de 2011 deve marcar o início das atividades do Porto Itapoá, no Norte do Estado. Inaugurado já em dezembro, o quinto terminal portuário de Santa Catarina deve receber entre 20 e 30 navios nos primeiros meses de operação. No total, mais de 120 mil contêineres devem ser transportados apenas no primeiro ano de utilização.
Outro porto que deverá ampliar sua capacidade operacional para o ano de 2011 é o de Navegantes. Segundo o diretor-superintendente da Portonave, Carlos Castilho, o aumento do calado deve fazer com que cresça o número de contêineres por navio, o que gera um ganho quantitativo.
O setor imobiliário também deve atrair novos investimentos para o Estado neste ano. Em Florianópolis, o condomínio Neoville, com investimento de R$ 100 milhões, será lançado na parte continental da cidade, no bairro do Abrãao. O empreendimento segue a linha do condomínio de luxo Sinphonia Woa Beiramar, no bairro da Agronômica, inaugurado no final de dezembro.